A crise e o novo olhar sobre o trabalho remoto

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A grande lição em toda grande crise, independentemente da sua origem é a quebra de paradigmas. É a busca por oportunidades de crescimento e de muito aprendizado na forma de lidar com algumas prioridades.

Diante da gravidade das circunstâncias que o mundo vive hoje, as relações de trabalho foram as primeiras a sofrer impactos e continuam em plena mutação.

A necessidade de fortalecer os trabalhos remotos surge como uma verdadeira avalanche, provocando não só ajustes drásticos na estrutura e na gestão, como também, por uma questão de sobrevivência, uma nova maneira de pensar o relacionamento e sistemas de negociação entre as empresas.

Pensar fora da caixa?

Ainda que o trabalho à distância tenha se tornado algo comum recentemente, o fato é que até agora muitos empreendedores brasileiros resistiam à “aventura” de contratar e negociar com empresas cuja proposta seja pautada exclusivamente no atendimento à distância.

No entanto, o mundo enfrenta uma realidade onde tudo precisa ser revisto. E o trabalho remoto, por sua vez, deixou de ser uma opção para ser uma imposição.

Do dia para a noite, as empresas se vêm diante da necessidade realizar mudanças completas na maneira como utilizam as tecnologias digitais em todos os seus processos. E isso deverá representar, muito em breve, um divisor de águas no mundo corporativo.

A Agência Influência é um exemplo positivo nessa direção. Com escritórios no Brasil e no norte de Portugal, na cidade de Braga, a agência tem 10 anos de mercado dos quais quatro atua como o principal braço de marketing digital e apoio a vendas de várias empresas espalhadas pelo Brasil e pela Europa.

“O momento pede uma quebra de crenças urgente, diz Augusto Afonso, CEO da Agência Influência. Mesmo com o aumento do uso da tecnologia e do online no cotidiano das empresas, ainda percebemos resistências ao modelo de negócios do trabalho à distância. Esse período em que temos atuado fortemente como marketing outsourcing, ganhamos em agilidade, na qualidade da entrega dos serviços, na flexibilidade e até na economia pois as ferramentas nos dão uma proximidade virtual extremamente produtiva e permitem o acompanhamento sistemático dos resultados.”

“As empresas precisam avaliar os formatos tradicionais de suas parcerias se quiserem vislumbrar possibilidades de ganhos em vários outros aspectos, como nas suas relações com funcionários, com os parceiros de negócios e com o mercado de forma geral”, alerta Augusto.    

O empresário ressalta que ainda existe muito preconceito a ser vencido: “O cliente se pergunta como uma empresa que não está inserida na sua rotina vai entender as necessidades do seu negócio e ajuda-lo a crescer.”

A resposta, segundo ele, esta na qualidade e capacidade dos profissionais que compõem as equipes, na organização interna e na adoção das ferramentas corretas que realmente facilitem a integração e a comunicação.

Para a Agência Influência, valeu a pena insistir na estratégia. “É uma questão de adaptação,” diz o CEO. “Passamos por um processo de educação interna importante, com a escolha e implantação de ferramentas de gestão e controle certas, a busca por pleno conhecimento das plataformas de comunicação e interação, sem falar do processo de educação dos próprios clientes, que aconteceu gradativamente para que percebessem e até mensurassem o quanto esse modelo de trabalho traz competitividade para o negócio de cada um deles.”

Tão longe e tão perto

Hoje em dia está provado que proximidade não quer dizer menor distância geográfica.

Um dos paradigmas mais importantes que a Agência Influência relata está no fato de conseguir estar tão ou mais próxima de seus clientes do que se eles fossem vizinhos de porta.

“Daqui de Portugal atendemos empresas de todo o Brasil especialmente do Nordeste, Mato Grosso e interior de alguns estados onde teoricamente existe menos cultura digital que nas capitais,” conta o CEO da Agência Influência. 

O que no início parecia uma agravante no relacionamento fez com que agência e clientes se aproximassem ainda mais, já que cada membro da equipe assume integralmente o trabalho de gestão de contas e faz imersões sistemáticas em cada negócio.

“Mesmo com empresas parceiras ou até com departamento de marketing interno, as lideranças nos contaram que muitas vezes se sentiam abandonadas como se estivessem trabalhando em outro continente,” conta Augusto Afonso. “Uma das lições que o trabalho remoto nos dá é a necessidade de envolvimento 100% com cada cliente para compensar a distância geográfica. Isso requer estudo, paciência e disponibilidade. Nem mesmo a diferença de fuso horário atrapalha. Nós nos adaptamos.”

Funcionários em trabalho remoto

A necessidade imediata de implantação do teletrabalho mais do que nunca deixa exposta toda a realidade laboral tal qual como conhecíamos até hoje. Isso inclui aspectos sociais, organizacionais, as condições tecnológicas e econômicas.

Na prática, envolve além da competição globalizada, mais flexibilidade, investimento intensivo em conhecimento, autonomia e qualidade de vida.

A própria Agência Influência passa por mais uma adaptação nesse sentido: ao invés de manter remotos apenas alguns profissionais da equipe, todas as pessoas estão trabalhando a partir de casa, atendendo as determinações da saúde pública de Portugal e do Brasil.

Na visão do CEO da agência Influência, todas as empresas e seus funcionários enfrentam atualmente um árduo processo de adaptação que inclui, sobretudo, reeducação laboral.

“Mas não temos dúvida. O saldo será positivo e, quando tudo isso passar, o trabalho à distância estará totalmente incorporado ao B2B, ao dia a dia das empresas e a todos nós,” conclui.

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